segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Sobre caminhos e nostalgia.

Queria ter a inocência da minha infância de volta. Quantas vezes me pego pensando na época que, todo o sábado, ia com meu pai ao supermercado, só pra no final comprar chocolate e um gibi novo.  Coisas tão simples que fazem tanta falta. Deixamos pelo caminho da vida atividades, costumes e pessoas tão legais por não cultivar o que, de fato, é especial.
De vez em quando é bom sentar, fechar os olhos, respirar bem fundo e lembrar de tudo aquilo que um dia nos fez feliz. São os momentos que nos pegamos rindo sozinhos, suspirando ou, quem sabe, até chorando; chora-se de alegria também. 
Se o teu caminho é longo, e tu já deixaste muita coisa que gostava pra trás, só resta planejar os próximos passos de maneira mais meticulosa. Tu não és João e Maria, não tens migalhas que apontam a direção a seguir para voltar onde já esteve. Muita coisa se perde e fica na memória, na caixinha com o título de nostalgia. Cabe somente a ti fazer com que, a partir de agora, as coisas fiquem guardadas na caixinha do tempo presente, presente eterno.

Um comentário:

  1. Eu sou um eterno nostálgico... Me emociono fácil com uma música, com um filme, com qualquer besteira que lembre um tempo que passou. E que mania essa da nossa memória de romantizar tudo... Sabia que muitas coisas que lembramos não aconteceram como lembramos? Nosso cérebro cria coisas e nunca duvidamos que elas não aconteceram.
    Mas eu adoro lembrar, adoro!
    Não sei se é bom ou ruim, mas preservo muitas da minha infância e não quero me livrar delas. Foda-se se alguém me julgar, essa pessoa provavelmente já se entregou a desilusão da vida adulta, perdeu o brilho que mantinha nossa alegria por simples coisinhas... Eu tenho pena de quem perde essa caixinha.

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