quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sobre céu e vontades.

Semana passada tive, mais uma vez, aquelas vontades que vem do além, e parece que tu não sossega até fazer o que quer. Pois bem, do nada, eu senti vontade de deitar na grama, de madrugada, pra ficar olhando para as estrelas. Quem nunca sentiu necessidade de natureza? Poucas coisas são tão legais do que momentos a sós com ela. Ver o sol nascer, o sol ir embora, a lua aparecer super redonda no céu (melhor ainda quando se enxerga o tal coelho dos apaixonados) acompanhada pelas estrelinhas. Dá uma sensação de renovação de espírito, a alma fica leve.
Ultimamente ando sentimental demais, e esses momentos que fazem tu parar pra refletir e fica meio perplexo com a sorte que tu tem e, o número de vezes que não dá valor pra isso faz com que meus olhos se encham de lágrimas. Parece que nada pode ser pior do que nossos problemas (que geralmente conseguem ser infnitamente medíocres).
Aquela frase que diz que o sol dá um dos espetáculos mais lindos da Terra ao nascer e encontra a maior parte da plateia dormindo é verdade. Talvez devêssemos parar de esperar por uma plateia de milhões, o holofote no nosso rosto, o mundo em silêncio esperando pela nossa participação. Acordar todas as manhãs crente de que o dia será um espetáculo e que tu vai fazer o papel principal pode ser uma boa maneira de evitar aborrecimentos, reclamações infundadas.
A partir de hoje vou tentar, cada vez que uma reclamação vier à tona, lembrar da lua e do céu estrelado.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sobre horizontes e revolução.

Tudo isso já faz parte da rotina, e a rotina já faz parte de você.

Os dias eram todos iguais: a mesma música como despertador, os mesmos passos, a comida com o mesmo gosto, as mesmas ruas, os mesmos rostos. No início é divertido, mas depois de um tempo, acaba enjoando. E quando cansa, o que fazer? Tem gente que não muda, que permanece estagnado, por puro conforto. Não sou desse tipo, prefiro um momento na vida meio economia-da-Rússia-durante-a-revolução: um passo para trás e dois para frente.
 Quando cansa dá vontade de revolucionar: cortar o cabelo, mudar o trajeto, mudar as pessoas, mudar o restaurante, até o toque do despertador dá vontade de mudar.
Certamente, nas primeiras vezes o novo trajeto vai ser estranho, pode parecer pior; depois de algumas vezes que tu percorres, acabas te dando conta que foi uma ótima escolha, ainda que necessário cuidar onde andava e  as ruas que escolhia. Pode ser que nesse novo trajeto te olhem estranho graças ao novo corte de cabelo, ou que a comida pareça sem sal no restaurante que tu decidiu parar. No início, tudo são desafios, mas mais do que desafios, tudo é uma questão de ampliar os horizontes (novos horizontes, se não for isso, o que será?), ter sede de novo, não permitir que a rotina acomode e que nos conformemos com o "meio-termo".