segunda-feira, 16 de julho de 2012

Queira.

De 1965 a 1984, o Brasil viveu um período em que reinava a intolerância: a Ditadura Militar. Com órgãos direcionados unicamente à repressão, o governo controlava todas as manifestações artísticas, incluindo a música. Chico Buarque, Caetano Veloso, Elis Regina entre outros, sofreram com a análise que impedia diversas músicas de serem publicadas. Nesse mesmo tempo, um "Maluco Beleza" também tentava passar suas mensagens por meio de músicas. "Queira, basta ser sincero e desejar profundo, você será capaz de sacudir o mundo" é uma das frases mais inspiradoras da música brasileira.
Sem dúvida, seguir o conselho de Raul Seixas, no título de sua canção, e tentar outra vez é uma tarefa difícil. Não fomos acostumados ou ensinados a lidar com a derrota e controlar a decepção. Por mais que, na infância, ouçamos pais e professores dizendo que o importante é participar, é do gênio humano querer vencer. Na Inglaterra, a inveja da posse do trono por Ricardo, Coração de Leão fez seu irmão, João, Sem-terra criar um plano para matá-lo, que só não foi posto em prática por obra do destino, que matou o rei antes do previsto.
Sou pré-vestibulanda, e mesmo sem saber como lidar com resultados que não condizem com meus objetivos, fui obrigada a aprender. Entender a importância de tentar, "retentar", tentar outra vez e tantas outras quanto for necessário para vencer é essencial. A necessidade de resultados imediatos acaba nos distanciando dos nossos verdadeiros sonhos. Estou no terceiro ano de pré-vestibular e entendi que quem realmente vence é quem persiste e insiste naquilo que quer. Mais do que meu sonho, é meu objetivo ser médica; não consigo me imaginar fazendo outro curso, e não tenho intenção alguma de ser uma profissional frustrada.
Humberto Gessinger, com convicção, cantava que não veio até aqui para desistir agora. Insipirando-se nele, temos que crer que a cada passo dado estamos mais próximos do que queremos. O passo mais importante de uma caminhada é o primeiro, pois, a partir dele, temos motivação para seguir até o fim. Às vezes, imprevistos podem nos deixar para baixo, mas se unirmos a positividade de Raul Seixas com a determinação de Gessinger, dificilmente "ficaremos parados, com a cabeça nas nuvens e os pés no chão."

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