terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sobre horizontes e revolução.

Tudo isso já faz parte da rotina, e a rotina já faz parte de você.

Os dias eram todos iguais: a mesma música como despertador, os mesmos passos, a comida com o mesmo gosto, as mesmas ruas, os mesmos rostos. No início é divertido, mas depois de um tempo, acaba enjoando. E quando cansa, o que fazer? Tem gente que não muda, que permanece estagnado, por puro conforto. Não sou desse tipo, prefiro um momento na vida meio economia-da-Rússia-durante-a-revolução: um passo para trás e dois para frente.
 Quando cansa dá vontade de revolucionar: cortar o cabelo, mudar o trajeto, mudar as pessoas, mudar o restaurante, até o toque do despertador dá vontade de mudar.
Certamente, nas primeiras vezes o novo trajeto vai ser estranho, pode parecer pior; depois de algumas vezes que tu percorres, acabas te dando conta que foi uma ótima escolha, ainda que necessário cuidar onde andava e  as ruas que escolhia. Pode ser que nesse novo trajeto te olhem estranho graças ao novo corte de cabelo, ou que a comida pareça sem sal no restaurante que tu decidiu parar. No início, tudo são desafios, mas mais do que desafios, tudo é uma questão de ampliar os horizontes (novos horizontes, se não for isso, o que será?), ter sede de novo, não permitir que a rotina acomode e que nos conformemos com o "meio-termo".

Um comentário:

  1. Eu tenho a mania de sempre candar por caminhos alternativos. É mania mesmo. Às vezes faço uma volta maior, mas isso pode significar uma nova descoberta. Precisamos disso, precisamos fugir da rotina, pois a vida é muito curta pra se entregar a uma rotina.

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